BLOG DO NORMAN

Ao longo dos dois últimos anos tive a oportunidade de participar de diversas corridas de rua, a maioria delas de cinco quilômetros. Costumo usar o frequencímetro do Garmin e certa vez ao chegar em casa depois de uma corrida resolvi analisar o gráfico que mostra a variação da frequencia cardíaca.

Devo admitir que fiquei muito assustado ao saber que nos metros finais de uma corrida atingi os 194 batimentos por minuto. Afinal de contas a minha FCM (Frequencia Cardíaca Máxima) é de 174 batimentos por minuto.

Para esclarecer as dúvidas que surgiram foi necessária a realização de uma avaliação cardiológica. Depois de algumas pesquisas escolhi a Cardiocare, uma clínica cardiológica situada no centro de Curitiba. O cardiologista solicitou exames laboratoriais,  ecocardiograma, MAPA (Monitorização Ambulatorial de Pressão Arterial) e o Teste de Esforço.

O ecocardiograma consiste na realização de uma ultra-sonografia do coração, para aquisição de imagens do mesmo avaliando a anatomia, tamanho e funções das câmaras, funcionamento das válvulas, avaliação da aorta, etc. É indolor e dura cerca de dez minutos.

O exame de monitorização ambulatorial da pressão arterial (M.A.P.A.) é realizado para visualizar as alterações de pressão arterial de 15 minutos em 15 minutos durante o período de 24 horas, esses números ficarão registrados em um pequeno gravador preso na cintura e depois poderão ser avaliados pelo médico.

Sem dúvida a minha maior expectativa era com relação ao teste de esforço. O teste ergométrico é realizado para avaliar o suprimento de sangue e a função do coração. Ele consiste em andar sobre uma esteira ergométrica enquanto a velocidade e o grau de inclinação aumentam gradativamente, conforme o período pré-determinado de acordo com o protocolo escolhido pelo médico.

No meu caso o protocolo utilizado foi o Ellestad. O protocolo apresenta cargas progressivas por meio de incrementos da velocidade da esteira a cada estágio; contudo, a inclinação é constante em 10% nos quatro primeiros estágios e, a partir do quinto, eleva-se para 15% e é mantida assim até o final do teste.

A velocidade inicia com 2,7 km/h (1,7 mph), eleva-se para 4,8 km/h (3,0 mph) no segundo estágio; depois, a cada estágio, adiciona-se 1,6 km/h (1,0 mph). Da passagem do quarto para o quinto estágio, considerando a elevação de 10 para 15% na inclinação da esteira, sugere-se não adicionar incrementos na velocidade, mas sim manter o nível alcançado de 8,0 km/h (5,0 mph).

A duração dos estágios varia entre 2 e 3 minutos no estágio inicial e no estágio 5, quando existe elevação na inclinação da esteira, sua duração é de 3 min; nos demais estágios estabelece-se a duração constante de 2 min.

O meu teste foi até o quarto estágio, quando foi atingida a Frequencia Cardíaca Máxima prevista para a minha idade (174 bpm), após o tempo de oito minutos e trinta e sete segundos. Em seguida iniciou a recuperação, quando a velocidade da esteira é reduzida gradativamente.

As dores que senti foram relativas ao esforço físico e foram diminuindo durante o período de recuperação. De acordo com o laudo da cardiologista o teste foi eficaz. Retornarei ao cardiologista assim que tiver com todos os resultados dos exames.

 

 

 

 

 

 

 

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