10 anos de BB

A minha posse no Banco do Brasil foi marcada para o dia 26 de fevereiro de 2007.  No horário e local marcado compareci para a posse. Lá conheci colegas que iriam trabalhar em várias áreas do Banco. Dezesseis seriam os meus colegas na CABB – Central de Atendimento Banco do Brasil, localizada na cidade de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Tomava posse a 17ª turma da Central de Atendimento, coincidência ou não ela era formada por dezessete pessoas: Ana Cecília, Fabio Amaral, Fernanda Zardo, Gabriela Barros, Gilmar Silva, Louizy Martins, Luciana Maia, Luciana Vital, Luciane Miyagi, Marco Bara, Marco Oliveira, Norman Bitner, Osni Silva, Paulo Jokowski,  Paulo Taques, Robson Keller e Rodrigo Monteiro.

No entanto, os futuros atendentes deveriam passar por um período de treinamento.  Recebemos um volume muito grande de informações e várias siglas passaram a fazer parte do nosso dia-a-dia.

Diversas atividades eram realizadas coordenadas pelos educadores, mas com certeza a grande expectativa entre nós era sobre quando seria a nossa visita a sala de atendimento, afinal de contas as apresentações e simulações estavam ficando cansativas.

No final do curso a educadora Eliz nos conduziu até o nosso local de trabalho, onde acompanhamos por alguns instantes o atendimento dos nossos colegas. Ficamos impressionados como eles falavam, digitavam e navegavam nas telas do SISBB ao mesmo tempo.

A visita foi breve mas nos permitiu conhecer um pouco do mundo do qual passaríamos a fazer parte nos próximos dias. Depois de longas semanas de treinamento finalmente fomos para a sala de atendimento. A nossa turma foi dividida em duas equipes, em um primeiro momento ficaríamos ouvindo as ligações dos colegas e acompanhando o seu atendimento.

Durante três dias ficamos ali em absoluto silêncio, acompanhando tudo atentamente. Como gravar todas aquelas informações na memória, bem como os inúmeros procedimentos? Tínhamos um grande desafio pela frente.

Na sequencia passaríamos a atender as ligações, contando com o acompanhamento dos colegas. Devo confessar que a minha primeira ligação foi desastrosa, apesar de o cliente ter percebido o meu nervosismo. Aos poucos cada um nós foi adquirindo segurança e logo já tínhamos condições de atender sozinhos, sem necessidade da ajuda dos colegas.

Nosso trabalho consistia em entrar em contato com clientes Pessoa Jurídica e Pessoa Física com a finalidade de oferecer produtos do BB. Era o chamado atendimento ativo. Dentro de algum tempo certos integrantes da nossa turma passaram para o atendimento receptivo. Neste tipo de atendimento o nosso trabalho consistia em atender clientes PF que entravam em contato com a CABB com a finalidade de realizarem transações bancárias.

Passados três meses no atendimento deixamos de ser escriturários e fomos nomeados Atendentes A. Naquela ocasião para a nossa surpresa um dos integrantes da nossa turma pediu para sair do BB alegando motivos pessoais. Vale lembrar que nem existia o filme “Tropa de Elite”.

Algum tempo depois uma turma de novos colegas tomou posse e nós tivemos a responsabilidade de treiná-los no atendimento. Para mim sempre foi gratificante poder compartilhar os meus conhecimentos e a minha experiência com os colegas.  Sinceramente perdi a conta de quantos atendentes ajudei a treinar, o que me impede de citar nomes.

O tempo foi passando, as oportunidades foram surgindo e aos poucos os integrantes da 17ª turma da CABB foram indo embora. A cada despedida de um colega, além dos votos de sucesso na nova etapa ficava a dúvida sobre quem seria o próximo a ir embora.

No início de 2010 participei de um processo seletivo para o cargo de Assistente A no CSO – Centro de Suporte Operacional. Em alguns dias foi divulgado o resultado da entrevista e o meu nome estava na lista dos aprovados. Chegava ao fim a minha jornada na Central de Atendimento e teria início uma nova etapa em uma outra área do BB.

Durante a minha última semana na CABB recebi os cumprimentos de inúmeros colegas, todos desejando muito sucesso. A emoção era grande e confesso que em muitos casos tive que segurar o choro. Mas durante a minha despedida no último dia de trabalho não teve jeito e chorei.

Tão logo cheguei no CSO reencontrei vários ex-colegas da Central de Atendimento. Posso dizer que fui muito bem recebido pelos meus novos colegas. Novo local de trabalho, novas atividades, novos conhecimentos, novos colegas, enfim um mundo completamente diferente, um outro BB.

Sempre mantive um bom relacionamento com os meus colegas mas tive uma grande surpresa quando em 2014 me candidatei para as eleições da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Não fiz campanha para pedir votos, apenas conversei com um número muito pequeno de pessoas e fui o segundo mais votado. Posteriormente tomei conhecimento que alguns colegas incentivaram os outros a votarem em mim.

Os anos passaram e em algumas ocasiões mudei para equipes que desempenhavam atividades diferentes. Aprendi bastante mas também sempre que possível ajudei os meus colegas nas suas dificuldades.

No último dia vinte e um de fevereiro retornei ao local onde tomei posse no BB. Desta vez foi para participar do Curso de Saúde e Segurança no Trabalho, obrigatório para quem é integrante da CIPA.

Enquanto acompanhava a abertura do curso foi inevitável fazer uma viagem no tempo e relembrar a dia vinte e seis de fevereiro de 2007.

Dez anos depois a 17ª turma da CABB está espalhada por aí.

 

 

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