#TBT AGOSTO 2018

05/08 – MEIA MARATONA UNINTER

O primeiro domingo de agosto marcou o meu aniversário de seis anos no fascinante e emocionante mundo das corridas de rua. E nada melhor do que que comemorar com uma meia maratona.

Nesta corrida  contei com a companhia de um casal de amigos durante todo o percurso de vinte e um quilômetros. O planejamento inicial era completar a prova em um tempo de 02 horas 50 minutos.

Para tanto teria que manter um ritmo médio de 8 min/km. Larguei em um ritmo muito forte que me permitiu acumular uma vantagem de tempo. Apenas no km 7 consegui atingir o ritmo planejado. Passei pela marca de oito quilômetros sem nenhuma vantagem.

Tinha mais alguns quilômetros até chegar na metade da prova. As características do percurso me obrigaram a reduzir o meu ritmo e passei a acumular um atraso em relação ao tempo alvo. Próximo do km 11 senti uma dor na panturrilha direita e imediatamente passei a andar.

Quando a dor passou iniciei um trote leve. Naquele momento veio no meu pensamento o que eu passei na meia maratona em maio. Mas desta vez contava com dois amigos ao meu lado para me incentivar.

Por causa de um membro desinformado da organização pegamos um caminho errado e percorremos cerca de seiscentos metros a mais. Em um dado momento o meu amigo falou que deveria pensar em quantos quilômetros faltavam para o final e que a cada passo dado eu estaria mais perto do meu objetivo.

As dores me impediam de correr em um ritmo mais rápido mesmo sabendo que faltava pouco para chegar. O tempo de três horas era inatingível naquelas circunstâncias. O plano B passou a ser então terminar perto de três horas e dez minutos.

Faltando cerca de quinhentos metros podíamos ver várias pessoas nos aplaudindo. Um amigo que estava de moto foi nos escoltando até a linha de chegada.

No percurso recebemos muitas energias positivas Depois de passar pela linha de chegada muitas pessoas que sequer conheço vieram conversar comigo e me parabenizar.

Assim é o maravilhoso e fascinante mundo das corridas de rua. Enfrentamos desafios, sentimos dores, sofremos, choramos, recebemos incentivos e muita energia positiva.

 

12/08 – CORRIDA CORONEL SARMENTO

O nome da prova é uma homenagem ao Patrono da PMPR. No pátio do Quartel General  estava monta toda uma estrutura para receber os corredores. Também estavam disponíveis brinquedos para as crianças.

Os corredores das provas de cinco e de dez quilômetros largaram juntos. Portanto eu teria que tomar cuidado na largada para escapar da confusão e ficar atento para o ponto em que aconteceria a separação dos corredores de cada distância.

Procurei manter um ritmo confortável no início. Reduzi um pouco nos trechos de subida e fui poupando as minhas energias para o final. Apesar do frio de 6ºC a hidratação foi muito importante durante o percurso.

Ao passar pela marca dos 8 km passei a aumentar o ritmo das minhas passadas. Sabia que não teria condições de alcançar o meu recorde de 1 hora e 10 minutos. Passei pelos 9 km com o tempo de 1 hora e 11 minutos.

O meu melhor tempo em 2018 nos 10 km foi de 1 hora e 22 minutos. Pelos meus cálculos tinha condições de terminar a prova com um tempo em torno de 1 hora e 18 minutos.

Fiquei muito contente com o resultado. Antes, durante e depois da corrida encontrei várias pessoas amigas. No quartel da PM tive a oportunidade de conhecer o Marley, um labrador de quatro anos. Me abaixei para fazer um carinho nele e tirar algumas fotos. Ele retribuiu o meu carinho com uma lambida.

26/08 – PERNAS PRA QUE TE QUERO

Para finalizar o mês participei de uma corrida diferente. Fui um dos voluntários da Corrida Pernas pra que te quero no Circuito Corridas de Rua de Curitiba.

Participaram desta corrida crianças cadeirantes portadoras de necessidades especiais. Para cada uma delas foi montada uma equipe de quatro voluntários.

Pouco antes da largada instalamos um dispositivo para dar mais segurança e estabilidade para a cadeira.  Também conversamos por alguns instantes com os pais para passar tranquilidade.

Dos quatro integrantes da equipe eu era o mais experiente por ter participado desta corrida em 2017. O mais importante era transmitir segurança para a criança já nos primeiros metros da corrida. Não poderíamos demonstrar a nossa preocupação com o momento da largada.

Assumi a condução da cadeira de rodas no início da corrida, pois estou acostumado com a largada das corridas de rua e sabia que seria preciso tomar muito cuidado. Segui lentamente para não me envolver em nenhuma confusão. Os outros integrantes da minha equipe se posicionaram ao meu lado para me proteger.

Em um determinado ponto do percurso nos separamos dos demais corredores da prova e seguimos um caminho para os cadeirantes. Enfim, foi uma corrida desafiadora para nós e muito divertida para o João.

Missão cumprida! Ficamos muito contentes por termos proporcionado este momento de muita alegria e emoção. Depois que recebemos a nossa medalha dei o meu boné de presente para ele. Notei  no seu olhar o quanto ficou contente. Nos abraçamos e trocamos nossa energia positiva.

A corrida deste domingo foi completamente diferente daquelas que estou acostumado a participar. Não me interessava qual seria o meu ritmo e muito menos em quanto tempo percorreria o percurso.

O que importava era poder proporcionar ao João um momento de muita emoção e do qual ele guardará boas lembranças. Fiquei muito feliz por ter tido a oportunidade de fazer parte deste momento.

Foram apenas dois quilômetros que com certeza valem muito mais do aqueles outros que percorri ao longo deste ano. Conversei com os integrantes de outras equipes . Todos muitos emocionados com a experiência gratificante.

Também conversei por alguns instantes com os pais do João. Eles me agradeceram por ter feito o filho feliz.

Depois de me despedir deles resolvi voltar para casa. Poderia ir correndo ao longo dos cerca de seis quilômetros mas acabei escolhendo a caminhada lenta. Aproveitei o tempo de uma hora e alguns minutos para refletir bastante tanto pelo momento que vivi na manhã deste domingo como nos desafios que ainda tenho pela frente.

 

 

 

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